susywrites

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Aí vai um texto acadêmico do semestre passado

Maneira individual de ler o mundo
As primeiras impressões de mundo como parte da leitura da palavra tiveram como pano de fundo a minha casa, a primeira escola e a convivência com meu pai.
Lembro-me de ficar por horas brincando de casinha no quintal de casa, sob a laranjeira, a goiabeira e o abacateiro que nunca deu frutos. Nesse momento, eu já buscava uma identidade. Lá pelos meus cinco anos, talvez seis, minha mãe me ensinou a ler. E fui logo levada ao jardim de infância. Aprendi muito nesse ambiente e até hoje guardo lembranças significativas como por exemplo do meu colega de classe Iuri que gostava de ingerir giz de cera vermelho.
Estudei na mesma escola até a segunda série. É uma escola pequena e acolhedora que proveu a base de sustentação para que eu pudesse prosseguir. O restante da minha vida escolar se ambientou na rede pública de ensino, onde pude confrontar realidades.Recordo-me do momento no qual acreditei de fato que sairia do colégio particular. Eu tinha uma grande amiga chamada Carlene, e a professora pediu que escrevêssemos um bilhete para um amigo contando algo que nos tocasse. Então escrevi explicando que mudaria de escola e pedi segredo.Mas para surpresa geral a professora leu todos os biletes para a classe. Fiquei constragida, contudo aprendi que não precisava me envergonhar por isso.
Ainda sobre essa mesma escola, tive a oportunidade de voltar lá como profissional. Fui professora durante um ano e meio e novamente pude me enriquecer com a colaboração daquele estabelecimento.
O maior responsável pela minha construção intelectual sem sombra de dúvida foi o meu pai. Sempre enfrentamos dificuldades, mas ele fez o impossível para me educar adequadamente. Não tínhamos tv então eu tinha muito mais tempo para ler e desenhar nos cadernos de desenho que ele comprava só para eu me destrair. O que foi muito importante pois apesar de eu não ser nenhuma desenhista profissional, isso estimulou minha criatividade e aguçou a imaginação de que hoje preciso tanto.
Fico muito contente quando ouço-o falando de mim orgulhoso, contando quantas vezes ele já retirou um livro da minha rede enquanto eu dormia e coisas assim.
Por isso dedico tudo a ele, desde o primeiro dia de aula até esse momento quando estou esrevendo, incluindo minha graduação em letras inglês e as outras graduações que ainda virão. Ele me ensinou tudo sobre como viver a vida de maneira digna.

1 Comentários:

  • Às 18 de agosto de 2007 às 16:22 , Blogger Anna Paula disse...

    Ai, enfim consegui deixar um comentário... o blogspot está horrivel pra deixar comentários... mas enfim consegui!
    Susy adorei seu post, belíssima e justa homenagem ao seu querido "daddy"!

     

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial